Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!

Acho que nunca disse que já chorei com suas palavras. Nunca contei as lágrimas e o tempo que fiquei perdido em meus espamos. Não, nem sempre foi de tristeza. Vezes e vezes foi medo. Várias outras vezes foi só alguma emoção desentendida, desnaturada.

Mas às vezes me senti esfaqueado.

Não baby, acho que você não foi assim tão cruel. Eu é que não soube avaliar a situação, não soube guardar meu espaço e muito menos os meus segredos. Acreditei tão rápido em nós, gostei tanto da gente, que desisti de pensar. E não é bom deixar a racionalidade de lado. Eu deveria ter pensado mais.

Ok, superemos. Dessa vez sinto que posso te podar de mim. Se ainda choro com suas cartas e suas palavras dissimuladas e suas metáforas vazias e suas hiperbóles pleonásticas é só porque ainda lembro. Mas lembrar não me faz te querer te volta.

Então por favor, passe em casa, pegue suas coisas. Leve seus livros de auto-ajuda, leve seus CDs do Hendrix, deixe os meus do Elvis. Leve seus DVD's de Woodstock, deixe o meu da Janis. Tire sua escova de dentes do espelho do banheiro. Tire seus cabelos do ralo. Leve suas meias com você. Deixe uma calcinha pra que eu possa me gabar de ter tido você às vezes. Tire suas canecas da pia. As que estiverem sujas deixe. Lavo e mando elas pra você. Não esqueça sapatos, nem brincos, nem jóia alguma. Tire o que for você naquela casa e deixe o que for eu. Seus cadernos. Não quero que seus rabiscos me atormentem pela madrugada. Deixe que eu sinta o vazio de ser eu mesmo de novo. Ah baby, tenta levar o seu número da minha agenda.

Não esqueça nada. Leve aquele vaso feio que comprou na feira de pulgas e leve o porta-retrato que me deu no natal. Só o porta-retrato. Queria que você conseguisse levar o seu cheiro, mas vejo que vou ter que cobri-lo com outros. Claro, leve seus perfumes.

Vou fingir que foi fácil não te ter mais lá. Quando acabar, deixe a chave na portaria. Diga adeus ao porteiro. Não me deixe recados no espelho. É baby, é assim mesmo. Vai ser melhor que seja assim. Das lágrimas que derramei pelas suas palavras restaram boas lembranças. Sobre as suas cartas, decidirei o que fazer depois...

Hoje senti o peso que senti aqueles dias de novo. Senti aquela tristeza de gosto amargo, ruim. Sequei a lagrima antes seca. Deixei fluir o tempo pra ver se tudo passava.
Achei que tinha esquecido dessas coisas, achei que nao precisava lembrar. Mas de repente tudo volta, tudo sempre volta. Te ver. Pensar sobre outras coisas. Marcas instaveis.
Levando minhas palavras em frases curtas vou tentando retratar esse silencio que me engoliu.
Desesperado.

É por ser insensivel. Por ser chato, desgostoso, por nao ligar, por talvez não amar.
É pela preguiça de escrever, pela falta de assunto pra dizer, pela falta de motivo pra morrer.

Aquilo sobre o fim

Acho que nunca disse que já chorei com suas palavras. Nunca contei as lágrimas e o tempo que fiquei perdido em meus espamos. Não, nem sempre foi de tristeza. Vezes e vezes foi medo. Várias outras vezes foi só alguma emoção desentendida, desnaturada.

Mas às vezes me senti esfaqueado.

Não baby, acho que você não foi assim tão cruel. Eu é que não soube avaliar a situação, não soube guardar meu espaço e muito menos os meus segredos. Acreditei tão rápido em nós, gostei tanto da gente, que desisti de pensar. E não é bom deixar a racionalidade de lado. Eu deveria ter pensado mais.

Ok, superemos. Dessa vez sinto que posso te podar de mim. Se ainda choro com suas cartas e suas palavras dissimuladas e suas metáforas vazias e suas hiperbóles pleonásticas é só porque ainda lembro. Mas lembrar não me faz te querer te volta.

Então por favor, passe em casa, pegue suas coisas. Leve seus livros de auto-ajuda, leve seus CDs do Hendrix, deixe os meus do Elvis. Leve seus DVD's de Woodstock, deixe o meu da Janis. Tire sua escova de dentes do espelho do banheiro. Tire seus cabelos do ralo. Leve suas meias com você. Deixe uma calcinha pra que eu possa me gabar de ter tido você às vezes. Tire suas canecas da pia. As que estiverem sujas deixe. Lavo e mando elas pra você. Não esqueça sapatos, nem brincos, nem jóia alguma. Tire o que for você naquela casa e deixe o que for eu. Seus cadernos. Não quero que seus rabiscos me atormentem pela madrugada. Deixe que eu sinta o vazio de ser eu mesmo de novo. Ah baby, tenta levar o seu número da minha agenda.

Não esqueça nada. Leve aquele vaso feio que comprou na feira de pulgas e leve o porta-retrato que me deu no natal. Só o porta-retrato. Queria que você conseguisse levar o seu cheiro, mas vejo que vou ter que cobri-lo com outros. Claro, leve seus perfumes.

Vou fingir que foi fácil não te ter mais lá. Quando acabar, deixe a chave na portaria. Diga adeus ao porteiro. Não me deixe recados no espelho. É baby, é assim mesmo. Vai ser melhor que seja assim. Das lágrimas que derramei pelas suas palavras restaram boas lembranças. Sobre as suas cartas, decidirei o que fazer depois...
Hoje senti o peso que senti aqueles dias de novo. Senti aquela tristeza de gosto amargo, ruim. Sequei a lagrima antes seca. Deixei fluir o tempo pra ver se tudo passava.
Achei que tinha esquecido dessas coisas, achei que nao precisava lembrar. Mas de repente tudo volta, tudo sempre volta. Te ver. Pensar sobre outras coisas. Marcas instaveis.
Levando minhas palavras em frases curtas vou tentando retratar esse silencio que me engoliu.
Desesperado.
É por ser insensivel. Por ser chato, desgostoso, por nao ligar, por talvez não amar.
É pela preguiça de escrever, pela falta de assunto pra dizer, pela falta de motivo pra morrer.

Ótica mental cheia de hortelã!

Café forte e sem açúcar!