Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!


va.zi.o
  1. que não contém nada; que não está com seu conteúdo habitual
  2. desocupado
  3. sem sua carga
  4. sem pessoas ou atividade humana
  5. sem algumas de suas qualidades primordiais
  6. sem força, efeito ou significado

A fumaça é habitual. Preenchendo pulmões nervosos e bocas sedentas por palavras amarguradas. Sai envenenada pelas narinas, ganha o céu. O espaço preenche-se da matéria abstrata e efêmera, espaço cheio de matéria finda. Não há luzes brilhantes e as cores são estáticas, disformes. O mundo é abraçado pela fumaça, é engolido por outro copo cheio. O espaço preenche-se das pessoas e as pessoas preenchem-se com suas besteiras, se lotam de bosta até as tampas. O espaço preenche-se de olhares acusadores, inquisitivos, curiosos e anula-se no embaçado de outro trago. Deixe queimar. Os demônios saem pra brincar, cuspindo fogo e mentira nos corpos dos que passam. O espaço preenche-se de fogo e os queima, vivos, tortos. 

Então eles deixam a distância crescer, cavam seus abismos e deixam que eles se preencham de nada e que o espaço seja eterno. E é assim, o vazio que sobra, o vazio que são. Deixem ser.


va.zi.o
  1. que não contém nada; que não está com seu conteúdo habitual
  2. desocupado
  3. sem sua carga
  4. sem pessoas ou atividade humana
  5. sem algumas de suas qualidades primordiais
  6. sem força, efeito ou significado

A fumaça é habitual. Preenchendo pulmões nervosos e bocas sedentas por palavras amarguradas. Sai envenenada pelas narinas, ganha o céu. O espaço preenche-se da matéria abstrata e efêmera, espaço cheio de matéria finda. Não há luzes brilhantes e as cores são estáticas, disformes. O mundo é abraçado pela fumaça, é engolido por outro copo cheio. O espaço preenche-se das pessoas e as pessoas preenchem-se com suas besteiras, se lotam de bosta até as tampas. O espaço preenche-se de olhares acusadores, inquisitivos, curiosos e anula-se no embaçado de outro trago. Deixe queimar. Os demônios saem pra brincar, cuspindo fogo e mentira nos corpos dos que passam. O espaço preenche-se de fogo e os queima, vivos, tortos. 

Então eles deixam a distância crescer, cavam seus abismos e deixam que eles se preencham de nada e que o espaço seja eterno. E é assim, o vazio que sobra, o vazio que são. Deixem ser.

Ótica mental cheia de hortelã!

Café forte e sem açúcar!