Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!

E quando acho que estou sozinho
Quando acredito que passo despercebido
Todas as fotos passam em minha mente
Meus textos me traem
Minha alma me persegue.
Tudo me traz você. Por que?
Eu não sei o que faço.
Nas chamadas perdidas
E histórias consumidas
Derramo a gota impura outra vez
Espero te encontrar na lua
Danço com ela.
Cidade vazia. Cidade distante.
De mim, de tudo!
Que o tempo me perdoe.
Que a vida me socorra!
Porque eles estão sempre lá.
Sempre comigo.

Meu sangue pede pra sair. As dores do passado batem na porta novamente. Minhas idéias vulgares e egoístas passeiam ao emu redor. Já não sei para que sou. Se você me entende deve ver que já não me importo tanto assim comigo. A morte parece doce. Serena. Estou suícida. Como a um tempo atrás. Tudo volta pra me dizer de novo o que não sou. Ou aquilo que não deveria ser.

Não sei mais o que pensar. Que as imagens me sufoquem. Que a areia resseque o que sobrou de vivo dentro de mim. Por fora a casca bela é quebradiça. Se desfaz ao toque do desgosto. E eu deixo. Não posso dizer que SOU infeliz. Assim como a felicidade qualquer outro sentimento é puro estado de espírito. E meu espírito é vago. É confuso. Incontente.

Você sabe que eu não quero voltar ao bréu. Sabe que não vou lutar. Estou usando o que me sobrou de coragem (pouco, infimio, fraca validade) pra não deixar o pano cair antes da hora. Se cair nas sombras de novo, me despeço de tudo sem dor alguma. Amo as pessoas que sabem que as amo. As que não sabem, pena. Amo-as mesmo assim!

Sou uma ilusão. Me detenha enquanto pode. Assassino da própria morte. Perdido...

Onde nossos mundos se encontram (encontraram)?
O que cabe agora dentro deles?
Tentamos nos achar e nos perdemos na vastidão
Sou seu e não posso. Sou vento e nada!
Para que estamos vivendo?
Eu sirvo em sua vida?
Eu sirvo no meio de você?
Posso estar em sua roda?
E você consegue participar da minha?
O que estamos fazendo?
Tentamos estar e nunca estamos (estaremos).
Busco te encontrar
Mas já não sei se é o que eu quero
Porque não sei o que pode resultar na nossa colisão
Vamos morrer. Vamos matar. Vai doer!
Sou seu e não posso.
Sou seu e não quero!
Sou seu e corro.
Sou seu e não!
Já não sou mais meu.

IGNORE

A última vez que peço
A única que me despeço
A primeira que digo acabado
Pra amanhã dizer de novo
A inversão do meu inútil
Pela aversão ao geral dó futil.
A luz queima e explode dentro
Sou a sombra, encostado no seu ombro
Colado no sue pé.
Confuso no nó de espelhos
Sou o pó e o reverso
Quem sou.
Começo de novo...
A pedir nunca mais
A só me despedir agora
E pela primeira vez acabar
Na janela vejo a maresia
Corrói em mim, queima.
Sou pó.
E não fumaça.
Sou pó.
Sólido na insignificância...
Fraco no vento...
Eu me preocupo. E voo.
De novo... pra sempre!

Nas mãos o frio do inverno
Seu calor já não aquece mais meu rosto.
No sorriso azulado
Aquele brilho inexistente
O ar em falta!
Imaculado olhar
Manchado de vermelho
Já não diz-me nada... não se expressa
A dor deixou para trás,
Deixou para os outros.
Dói em mim agora.
No calor do aço frio
Dilacerada raiva enfiada em seu peito.
Fim por agora, para sempre.
Venha para mim também,
O acalento do gelo,
O escuro da alma.

Talvez não sejamos feitos para sermos bom o bastante. Talvez tenhamos nascidos só para ser, e isso no sentido mais infinitivo do verbo. Sermos apenas nós, em pura existência. Ficar buscando um sentido para a vida é o carma que nós gostamos de carregar.

Buscamos ser coisas que nem sempre estão ao nosso alcance. O humano como bicho não sabe sobre o que existir, então ele busca. Talvez por termos chegado ao sobre-topo da cadeia alimentar e evolutiva, tenhamos ficado fora do sistema. E por não fazer mais parte do sistema, perdemos o sentido, o rumo. Agora não sabemos o que. Não sabemos porquê. Então tentamos estar bem, estar felizes.

Na verdade se tentarmos ser um pouco mais animais, resolveríamos um pouco dos nossos problemas. Animais simplesmente parecem existir porque estão aqui e cumprem seu papel no sistema, sem grandes aspirações. E teoricamente são felizes. Felizes em ser apenas o que nasceram sendo.

É claro que não podemos negar nossa “inteligência”, afinal somos macacos racionais. Logo, precisamos nos destacar. E nos destacamos. Mas ainda assim tentamos cumprir nossos papéis. Mesmo que não existentes, corremos atrás deles. Pra sermos bons o bastante. Para não sermos só mais um. Mas esquecemos de ver que querendo ou não somos. Apenas somos. Por maior que fiquemos, ou mais ricos, mais poderosos, mais notáveis, vamos acabar do mesmo modo. E a não ser que você acredite que existe algo depois, você vai perceber que a existência em si, que tudo que você correu atrás valeu muito mais pra você do que a qualquer um. 60,70... 100 anos, é pouco demais pro universo.

Nunca teremos a idade do céu... nunca tudo vai estar em calma. O beijo não vai durar e talvez só o tempo mesmo cure.

Esteja feliz...

E quando acho que estou sozinho
Quando acredito que passo despercebido
Todas as fotos passam em minha mente
Meus textos me traem
Minha alma me persegue.
Tudo me traz você. Por que?
Eu não sei o que faço.
Nas chamadas perdidas
E histórias consumidas
Derramo a gota impura outra vez
Espero te encontrar na lua
Danço com ela.
Cidade vazia. Cidade distante.
De mim, de tudo!
Que o tempo me perdoe.
Que a vida me socorra!
Porque eles estão sempre lá.
Sempre comigo.
Meu sangue pede pra sair. As dores do passado batem na porta novamente. Minhas idéias vulgares e egoístas passeiam ao emu redor. Já não sei para que sou. Se você me entende deve ver que já não me importo tanto assim comigo. A morte parece doce. Serena. Estou suícida. Como a um tempo atrás. Tudo volta pra me dizer de novo o que não sou. Ou aquilo que não deveria ser.

Não sei mais o que pensar. Que as imagens me sufoquem. Que a areia resseque o que sobrou de vivo dentro de mim. Por fora a casca bela é quebradiça. Se desfaz ao toque do desgosto. E eu deixo. Não posso dizer que SOU infeliz. Assim como a felicidade qualquer outro sentimento é puro estado de espírito. E meu espírito é vago. É confuso. Incontente.

Você sabe que eu não quero voltar ao bréu. Sabe que não vou lutar. Estou usando o que me sobrou de coragem (pouco, infimio, fraca validade) pra não deixar o pano cair antes da hora. Se cair nas sombras de novo, me despeço de tudo sem dor alguma. Amo as pessoas que sabem que as amo. As que não sabem, pena. Amo-as mesmo assim!

Sou uma ilusão. Me detenha enquanto pode. Assassino da própria morte. Perdido...
Onde nossos mundos se encontram (encontraram)?
O que cabe agora dentro deles?
Tentamos nos achar e nos perdemos na vastidão
Sou seu e não posso. Sou vento e nada!
Para que estamos vivendo?
Eu sirvo em sua vida?
Eu sirvo no meio de você?
Posso estar em sua roda?
E você consegue participar da minha?
O que estamos fazendo?
Tentamos estar e nunca estamos (estaremos).
Busco te encontrar
Mas já não sei se é o que eu quero
Porque não sei o que pode resultar na nossa colisão
Vamos morrer. Vamos matar. Vai doer!
Sou seu e não posso.
Sou seu e não quero!
Sou seu e corro.
Sou seu e não!
Já não sou mais meu.

IGNORE
A última vez que peço
A única que me despeço
A primeira que digo acabado
Pra amanhã dizer de novo
A inversão do meu inútil
Pela aversão ao geral dó futil.
A luz queima e explode dentro
Sou a sombra, encostado no seu ombro
Colado no sue pé.
Confuso no nó de espelhos
Sou o pó e o reverso
Quem sou.
Começo de novo...
A pedir nunca mais
A só me despedir agora
E pela primeira vez acabar
Na janela vejo a maresia
Corrói em mim, queima.
Sou pó.
E não fumaça.
Sou pó.
Sólido na insignificância...
Fraco no vento...
Eu me preocupo. E voo.
De novo... pra sempre!

Fundo

Nas mãos o frio do inverno
Seu calor já não aquece mais meu rosto.
No sorriso azulado
Aquele brilho inexistente
O ar em falta!
Imaculado olhar
Manchado de vermelho
Já não diz-me nada... não se expressa
A dor deixou para trás,
Deixou para os outros.
Dói em mim agora.
No calor do aço frio
Dilacerada raiva enfiada em seu peito.
Fim por agora, para sempre.
Venha para mim também,
O acalento do gelo,
O escuro da alma.

Devaneios... sempre!

Talvez não sejamos feitos para sermos bom o bastante. Talvez tenhamos nascidos só para ser, e isso no sentido mais infinitivo do verbo. Sermos apenas nós, em pura existência. Ficar buscando um sentido para a vida é o carma que nós gostamos de carregar.

Buscamos ser coisas que nem sempre estão ao nosso alcance. O humano como bicho não sabe sobre o que existir, então ele busca. Talvez por termos chegado ao sobre-topo da cadeia alimentar e evolutiva, tenhamos ficado fora do sistema. E por não fazer mais parte do sistema, perdemos o sentido, o rumo. Agora não sabemos o que. Não sabemos porquê. Então tentamos estar bem, estar felizes.

Na verdade se tentarmos ser um pouco mais animais, resolveríamos um pouco dos nossos problemas. Animais simplesmente parecem existir porque estão aqui e cumprem seu papel no sistema, sem grandes aspirações. E teoricamente são felizes. Felizes em ser apenas o que nasceram sendo.

É claro que não podemos negar nossa “inteligência”, afinal somos macacos racionais. Logo, precisamos nos destacar. E nos destacamos. Mas ainda assim tentamos cumprir nossos papéis. Mesmo que não existentes, corremos atrás deles. Pra sermos bons o bastante. Para não sermos só mais um. Mas esquecemos de ver que querendo ou não somos. Apenas somos. Por maior que fiquemos, ou mais ricos, mais poderosos, mais notáveis, vamos acabar do mesmo modo. E a não ser que você acredite que existe algo depois, você vai perceber que a existência em si, que tudo que você correu atrás valeu muito mais pra você do que a qualquer um. 60,70... 100 anos, é pouco demais pro universo.

Nunca teremos a idade do céu... nunca tudo vai estar em calma. O beijo não vai durar e talvez só o tempo mesmo cure.

Esteja feliz...

Ótica mental cheia de hortelã!