Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!

Desculpas se eu não voltar. Não suportei. Perdoa minha ida como perdoou minha chegada uma vez. Parti sóbrio, parti contente. Parti seguro daquilo que estava fazendo ainda que as lágrimas enchessem meus olhos e cruzassem minha face. Elas acabavam num sorriso. Chorava porque conheço a saudade e sei que um dia ela me encontrará. Mas não você. Você nunca mais. Vou ganhar o mundo sem as suas asas, andar pelas ruas descalço de seus cuidados desastrados. Vou pisar em asfalto quente, ganhar bolhas. Vou acabar mais magro e mais seco. Vou acabar com um fim só meu. E o escreverei por conta própria, com minha letra, com meu punho machucado, com meu sangue derramado. Não parti por um desejo sado de sofrer, mas por um desejo claro de viver, viver uma vida que não teria ao seu lado. Vida que não tive. Então, se respiro agora e me entrego a outros caminhos é porque sei que é o melhor que posso fazer, sei que é o melhor de mim. Se cuida. Eu vou me cuidar.

Se penso, já não quero. Quero é sentir. E sentir demais, já não quero. Quero mais é não querer. Poder. Poder sem querer. Querer não é poder. Quero mais é esquecer. Juntar as pontas dessa vida e galopar. Ah, como me canso. Descaso, acaso irrelevante. Quero uma brisa, uma garoa. Um chuva torrencial. De suco gástrico. Ácido.

Desculpas se eu não voltar. Não suportei. Perdoa minha ida como perdoou minha chegada uma vez. Parti sóbrio, parti contente. Parti seguro daquilo que estava fazendo ainda que as lágrimas enchessem meus olhos e cruzassem minha face. Elas acabavam num sorriso. Chorava porque conheço a saudade e sei que um dia ela me encontrará. Mas não você. Você nunca mais. Vou ganhar o mundo sem as suas asas, andar pelas ruas descalço de seus cuidados desastrados. Vou pisar em asfalto quente, ganhar bolhas. Vou acabar mais magro e mais seco. Vou acabar com um fim só meu. E o escreverei por conta própria, com minha letra, com meu punho machucado, com meu sangue derramado. Não parti por um desejo sado de sofrer, mas por um desejo claro de viver, viver uma vida que não teria ao seu lado. Vida que não tive. Então, se respiro agora e me entrego a outros caminhos é porque sei que é o melhor que posso fazer, sei que é o melhor de mim. Se cuida. Eu vou me cuidar.
Se penso, já não quero. Quero é sentir. E sentir demais, já não quero. Quero mais é não querer. Poder. Poder sem querer. Querer não é poder. Quero mais é esquecer. Juntar as pontas dessa vida e galopar. Ah, como me canso. Descaso, acaso irrelevante. Quero uma brisa, uma garoa. Um chuva torrencial. De suco gástrico. Ácido.

Ótica mental cheia de hortelã!

Café forte e sem açúcar!