Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!

Tá bom baby, eu saio da sua vida. Pelo menos me tiro dela. Mas não é assim que você se livra de mim. Vou ficar na suas músicas e vou tocar na sua playlist. Vou cantar nas letras das bandas que você aprendeu a gostar e vou dedilhar os acordes da marcha fúnebre desse caso mal começado. Pois você vai seguir na "estrada do inferno" que eu tratei de sinalizar.

Vou aparecer de figurante nos filmes. Vou estar sentado do seu lado do cinema. Você vai me procurar e não vai encontrar. E vai ser assim, díficil e dessa vez mais do que em todas as outras vou gritar aliviado que a culpa não foi minha, que as decisões erradas não foram minhas, que as ilusões criadas não foram alimentadas pelo meu espírito insensivel.

Se tivesse dito que te amo, se tivesse apostado mais alto. Mas isso nunca aconteceu.

Sim, esse sou eu sendo egoísta, sendo infantil, sendo miserável. Esse sou eu negando seu amor e dizendo que fiz o possível pra acreditar que dava. É mas não dá. Então, você vai se entregar a outros amores e espero que ache um que te satisfaça. Que satisfaça seu senso de maturidade e sua vontade louca de aventuras inexistentes. Esse não sou eu.

Mas no fundo, sou um fraco que quer te ver feliz. Mas agora bem longe de mim.

Tentou não cobrar as velhas promessas e se manter afastada do telefone. Não discou os números, nem ouviu o recado da caixa postal. Tratou de lavar o rosto e tirar a maquiagem. Decidiu por tomar um banho, trocar a calcinha. Lavar o cheiro da última vez. Percebeu que chorou a toa e sorriu pro espelho. No quarto, se perfumou. Secou os cabelos, se arrumou. Sorrindo pro espelho, tinha sobrevivido.

Só que sobreviver não é esquecer. Fora a última vez. Um "nós" já não existia faz tempo, ambos já sabiam. Ainda que doesse menos, doía. Não atendeu as ligações, apagou os e-mails, recusou as flores. Bebeu um pouco, fumou um pouco mais. Clareou suas ideias, criou poemas pobres e desenhos rabiscados. Fez o que pode pra aquietar a memória.

Saiu. Encontrou em outros braços o alento em outros sexos alivio em outras bocas calor em outros risos outras pessoas. Mas são sempre outros. Então decidiu estar sozinha. Decidiu tantas coisas, achou que tinha perdido o coração. Mas percebeu que na verdade, havia esquecido-o em outro lugar. Foi procurar.

Usou a chave que não devolveu. Dentro do apartamento, procurou pelas mesas. Vendo que não ia encontra-lo por ali, olhou as gavetas, no meio das meias, das roupas de baixo. No guarda-roupa. Sentindo o desespero, ou no mínimo começando a se preocupar, olhou no banheiro, na pia, no ralo. Não achou. Ouviu a porta se abrindo e o que tanto evitou acontecendo.

Olhou nos olhos dele e viu sua memória acordar. Ouviu da boca dele e finalmente obteve a resposta pro que lhe afligia.

-"Tá na geladeira. Quando você saiu pela porta, dizendo que não voltava, não sabia o que fazer. Ainda tínhamos algo, mas nunca julgamos direito. Quando você saiu pela porta, fui pro quarto. Vi cacos. Cacos por todos os lados. Nas fotos. Nos livros. Achei cacos enquanto tomava banho. Pedaços embaixo do sofá, nos bolsos das minhas roupas. Foi difícil juntá-los. Confesso que pensei em desistir e procurei por outros que estivessem inteiros. Mas não podia ter nenhum, se já não tinha nada a dar em troca. Então continuei. E consegui. Quando o vi inteiro de novo, mesmo com as marcas, sabia que ainda existia algo que podia nos fazer feliz e sabia que você viria buscá-lo. Então coloquei lá no fundo da geladeira. Tive medo que ele apodrecesse e eu nunca mais conseguisse arrumar. Tá lá, guardado, esperando a dona."

Sorriu de novo. Não se impressionou. Tirou da bolsa aquele que tinha levado consigo e devolveu pro dono. "Toma, é seu...". Foi até a geladeira, pegou aquilo que era dela. "Que bom que o arrumou, que bom que ainda acreditou em nós. Mas isso já não existe."

Saiu pela mesma porta que entrou. Dessa vez devolveu tudo. As chaves, o amor. Não levou nada dali consigo, a não ser o que já era seu. Sorria satisfeita, calou a memória. Se livrou daquilo. Agora, tinha de novo o que precisava pra seguir em frente. Se alguém morre aqui é só o brega do amor. Que sempre pode nascer de novo...

Hoje acordei tomado por uma tristeza insana. Petrificava meu coração. Estava presa em meus pulmões, sufocando. Nas minhas juntas. Era uma sombra pesada no meu quarto. Um caixão negro deitado ao meu lado, em minha cama. Hoje fui invadido por uma tristeza alucinada. Doía em cada parte do meu cérebro, ardia em meus olhos. Era tanta tristeza, que achei possível morrer dela.

No hálito da boca seca me levantei. Corri para o banho, tentando lavar o betume que assolava meu espírito que destruia minha alma. Deixei que a água corresse pelos meus pés, que lavasse minhas mãos, que tirasse de mim a sujeira que aquela tristeza doentia ousava deixar. Fiquei tempo suficiente para enrugar a pele de meus dedos e nem assim consegui me livrar de tamanha agonia.

Estava nos meus ossos, nos meus músculos, em cada célula, tecido, orgao e sistema.
Inexplicável sensação de impotência somou-se a anterior e descobri que já não tinha condições de me concentrar, que não conseguiria ser eu mesmo. Não sabia de onde surgia. Nas manchas vermelhas que deixei pelos cantos na confusão do ato demoníaco, nada de história havia para eu ler. Era apenas manchas de algo que lavei no chuveiro, mesmo que não bem o bastante pra tirá-lo de mim.

Acordei tomado por ela por motivos que não poderia descrever, que não teria forças ou coragem suficiente para contar. Se me chamasse de monstro, hoje o sentido estaria claro. O monstro que fui é aquele que me consome hoje. Acordei em meu próprio inferno. Ou pago pelos pecados numa prévia de purgatório. Tristeza dilacerante, carnívora, putrificando minha carne, estampada em minha pele. "Não foi de propósito baby, nunca é!".

O machado. O toque. O doce barulho. A loucura doida e insana de um instante de desespero, um instante de frustração. A morte e a satisfação instantânea, o sono, o onírico. Garanto baby, doeu (e ainda dói) muito mais em mim.

Não sei porque ainda brincamos disso. Me pergunto se alguma vez foi engraçado, se alguma vez foi prazeroso. Perdemos algo muitos quilometros atrás e sinceramente não sei o que foi, mas não somos mais os mesmos. Não conversamos como conversavamos e nossos assuntos logo nos levam a buracos que não queremos mexer. Não conseguimos nos olhar direito pois ambos sabemos que devemos. Devemos muito um pro outro. Não bastariam mais cervejas na mesa do bar, almoços na casa da mãe, desculpas nos e-mails e mensagens que nunca são respondidas. A gente se perdeu no caminho que decidimos trilhar sozinhos. Não é falta de amor. Não é falta de carinho. É distância. É essa vala entre nós, que não se representa em quilometros ou horas que demoramos pra nos ver, mas sim em coisas que não podemos pesar, que não são calculáveis. Se fossem só as discussões sobreviveriamos, se fossem diferenças de opiniões, se fosse falta de preocupação. Se quisessemos mesmo. Mas já perdemos a vontade... então não tem mais pra que fingir. Não existem mais motivos pra dizer que sente saudades, ou perguntar se estamos bem. Sabemos que estamos. Agora talvez nos reste o tempo dizendo o que não conseguimos ser. Os anos que carregaremos tentando vencer uma batalha perdida. Exaustos por uma guerra impossível. Vamos ter que aprender a conviver com aquilo que o outro não é mais, com aquilo que nunca vamos chegar perto de ter de novo. Altos e baixos vao sempre existir. Mas lá no fundo é tudo que teremos. Não vamos mais chorar um pelo outro, uma hora as discussões vão parar, tudo vai ser adequado, todas as aparências serão mantidas, todas as fachadas conservadas, todas as ilusões equilibradas. Mas aquele laço é pra sempre. E isso não pode ser ruim. Que não nos falte coragem.

Fico te procurando. Não te encontro.
Busco você do meu lado. Minhas mãos esperam encontrar as suas, meus braços querem se enroscar no seu corpo. Quero dormir do seu lado.
Mas, cadê?
Não sei nem se te conheço. Mas te busco. Porque preciso de você.
Então menina, se me ver na rua, se trombar comigo, diz que finalmente achei.
Se estiver conversando comigo, se me encontrar na livraria, diz que é você.
Se sentar do meu lado no cinema, se eu estiver com a mão no seu seio. Diz de uma vez: "sou eu".
Se estiver me lendo, ou se ler o velho safado.
Se estiver me vendo ser idiota. Grita logo que era você que eu procurava.
Se eu te der um fora, se você me der um tapa. Conta pra todo mundo e me faça saber.
Não quero mais ficar procurando e me perder em braços que não serão meus, em beijos indiferentes. Não suporto mais procurar nos sorrisos falsos e no sexo insosso.
Então baby, pára logo de me ignorar. E me faz saber.

Carta de (pós)apresentação

Tá bom baby, eu saio da sua vida. Pelo menos me tiro dela. Mas não é assim que você se livra de mim. Vou ficar na suas músicas e vou tocar na sua playlist. Vou cantar nas letras das bandas que você aprendeu a gostar e vou dedilhar os acordes da marcha fúnebre desse caso mal começado. Pois você vai seguir na "estrada do inferno" que eu tratei de sinalizar.

Vou aparecer de figurante nos filmes. Vou estar sentado do seu lado do cinema. Você vai me procurar e não vai encontrar. E vai ser assim, díficil e dessa vez mais do que em todas as outras vou gritar aliviado que a culpa não foi minha, que as decisões erradas não foram minhas, que as ilusões criadas não foram alimentadas pelo meu espírito insensivel.

Se tivesse dito que te amo, se tivesse apostado mais alto. Mas isso nunca aconteceu.

Sim, esse sou eu sendo egoísta, sendo infantil, sendo miserável. Esse sou eu negando seu amor e dizendo que fiz o possível pra acreditar que dava. É mas não dá. Então, você vai se entregar a outros amores e espero que ache um que te satisfaça. Que satisfaça seu senso de maturidade e sua vontade louca de aventuras inexistentes. Esse não sou eu.

Mas no fundo, sou um fraco que quer te ver feliz. Mas agora bem longe de mim.

De consertar e seguir

Tentou não cobrar as velhas promessas e se manter afastada do telefone. Não discou os números, nem ouviu o recado da caixa postal. Tratou de lavar o rosto e tirar a maquiagem. Decidiu por tomar um banho, trocar a calcinha. Lavar o cheiro da última vez. Percebeu que chorou a toa e sorriu pro espelho. No quarto, se perfumou. Secou os cabelos, se arrumou. Sorrindo pro espelho, tinha sobrevivido.

Só que sobreviver não é esquecer. Fora a última vez. Um "nós" já não existia faz tempo, ambos já sabiam. Ainda que doesse menos, doía. Não atendeu as ligações, apagou os e-mails, recusou as flores. Bebeu um pouco, fumou um pouco mais. Clareou suas ideias, criou poemas pobres e desenhos rabiscados. Fez o que pode pra aquietar a memória.

Saiu. Encontrou em outros braços o alento em outros sexos alivio em outras bocas calor em outros risos outras pessoas. Mas são sempre outros. Então decidiu estar sozinha. Decidiu tantas coisas, achou que tinha perdido o coração. Mas percebeu que na verdade, havia esquecido-o em outro lugar. Foi procurar.

Usou a chave que não devolveu. Dentro do apartamento, procurou pelas mesas. Vendo que não ia encontra-lo por ali, olhou as gavetas, no meio das meias, das roupas de baixo. No guarda-roupa. Sentindo o desespero, ou no mínimo começando a se preocupar, olhou no banheiro, na pia, no ralo. Não achou. Ouviu a porta se abrindo e o que tanto evitou acontecendo.

Olhou nos olhos dele e viu sua memória acordar. Ouviu da boca dele e finalmente obteve a resposta pro que lhe afligia.

-"Tá na geladeira. Quando você saiu pela porta, dizendo que não voltava, não sabia o que fazer. Ainda tínhamos algo, mas nunca julgamos direito. Quando você saiu pela porta, fui pro quarto. Vi cacos. Cacos por todos os lados. Nas fotos. Nos livros. Achei cacos enquanto tomava banho. Pedaços embaixo do sofá, nos bolsos das minhas roupas. Foi difícil juntá-los. Confesso que pensei em desistir e procurei por outros que estivessem inteiros. Mas não podia ter nenhum, se já não tinha nada a dar em troca. Então continuei. E consegui. Quando o vi inteiro de novo, mesmo com as marcas, sabia que ainda existia algo que podia nos fazer feliz e sabia que você viria buscá-lo. Então coloquei lá no fundo da geladeira. Tive medo que ele apodrecesse e eu nunca mais conseguisse arrumar. Tá lá, guardado, esperando a dona."

Sorriu de novo. Não se impressionou. Tirou da bolsa aquele que tinha levado consigo e devolveu pro dono. "Toma, é seu...". Foi até a geladeira, pegou aquilo que era dela. "Que bom que o arrumou, que bom que ainda acreditou em nós. Mas isso já não existe."

Saiu pela mesma porta que entrou. Dessa vez devolveu tudo. As chaves, o amor. Não levou nada dali consigo, a não ser o que já era seu. Sorria satisfeita, calou a memória. Se livrou daquilo. Agora, tinha de novo o que precisava pra seguir em frente. Se alguém morre aqui é só o brega do amor. Que sempre pode nascer de novo...

De quem se arrepende

Hoje acordei tomado por uma tristeza insana. Petrificava meu coração. Estava presa em meus pulmões, sufocando. Nas minhas juntas. Era uma sombra pesada no meu quarto. Um caixão negro deitado ao meu lado, em minha cama. Hoje fui invadido por uma tristeza alucinada. Doía em cada parte do meu cérebro, ardia em meus olhos. Era tanta tristeza, que achei possível morrer dela.

No hálito da boca seca me levantei. Corri para o banho, tentando lavar o betume que assolava meu espírito que destruia minha alma. Deixei que a água corresse pelos meus pés, que lavasse minhas mãos, que tirasse de mim a sujeira que aquela tristeza doentia ousava deixar. Fiquei tempo suficiente para enrugar a pele de meus dedos e nem assim consegui me livrar de tamanha agonia.

Estava nos meus ossos, nos meus músculos, em cada célula, tecido, orgao e sistema.
Inexplicável sensação de impotência somou-se a anterior e descobri que já não tinha condições de me concentrar, que não conseguiria ser eu mesmo. Não sabia de onde surgia. Nas manchas vermelhas que deixei pelos cantos na confusão do ato demoníaco, nada de história havia para eu ler. Era apenas manchas de algo que lavei no chuveiro, mesmo que não bem o bastante pra tirá-lo de mim.

Acordei tomado por ela por motivos que não poderia descrever, que não teria forças ou coragem suficiente para contar. Se me chamasse de monstro, hoje o sentido estaria claro. O monstro que fui é aquele que me consome hoje. Acordei em meu próprio inferno. Ou pago pelos pecados numa prévia de purgatório. Tristeza dilacerante, carnívora, putrificando minha carne, estampada em minha pele. "Não foi de propósito baby, nunca é!".

O machado. O toque. O doce barulho. A loucura doida e insana de um instante de desespero, um instante de frustração. A morte e a satisfação instantânea, o sono, o onírico. Garanto baby, doeu (e ainda dói) muito mais em mim.

Sobre perder

Não sei porque ainda brincamos disso. Me pergunto se alguma vez foi engraçado, se alguma vez foi prazeroso. Perdemos algo muitos quilometros atrás e sinceramente não sei o que foi, mas não somos mais os mesmos. Não conversamos como conversavamos e nossos assuntos logo nos levam a buracos que não queremos mexer. Não conseguimos nos olhar direito pois ambos sabemos que devemos. Devemos muito um pro outro. Não bastariam mais cervejas na mesa do bar, almoços na casa da mãe, desculpas nos e-mails e mensagens que nunca são respondidas. A gente se perdeu no caminho que decidimos trilhar sozinhos. Não é falta de amor. Não é falta de carinho. É distância. É essa vala entre nós, que não se representa em quilometros ou horas que demoramos pra nos ver, mas sim em coisas que não podemos pesar, que não são calculáveis. Se fossem só as discussões sobreviveriamos, se fossem diferenças de opiniões, se fosse falta de preocupação. Se quisessemos mesmo. Mas já perdemos a vontade... então não tem mais pra que fingir. Não existem mais motivos pra dizer que sente saudades, ou perguntar se estamos bem. Sabemos que estamos. Agora talvez nos reste o tempo dizendo o que não conseguimos ser. Os anos que carregaremos tentando vencer uma batalha perdida. Exaustos por uma guerra impossível. Vamos ter que aprender a conviver com aquilo que o outro não é mais, com aquilo que nunca vamos chegar perto de ter de novo. Altos e baixos vao sempre existir. Mas lá no fundo é tudo que teremos. Não vamos mais chorar um pelo outro, uma hora as discussões vão parar, tudo vai ser adequado, todas as aparências serão mantidas, todas as fachadas conservadas, todas as ilusões equilibradas. Mas aquele laço é pra sempre. E isso não pode ser ruim. Que não nos falte coragem.

Se não te achar...

Fico te procurando. Não te encontro.
Busco você do meu lado. Minhas mãos esperam encontrar as suas, meus braços querem se enroscar no seu corpo. Quero dormir do seu lado.
Mas, cadê?
Não sei nem se te conheço. Mas te busco. Porque preciso de você.
Então menina, se me ver na rua, se trombar comigo, diz que finalmente achei.
Se estiver conversando comigo, se me encontrar na livraria, diz que é você.
Se sentar do meu lado no cinema, se eu estiver com a mão no seu seio. Diz de uma vez: "sou eu".
Se estiver me lendo, ou se ler o velho safado.
Se estiver me vendo ser idiota. Grita logo que era você que eu procurava.
Se eu te der um fora, se você me der um tapa. Conta pra todo mundo e me faça saber.
Não quero mais ficar procurando e me perder em braços que não serão meus, em beijos indiferentes. Não suporto mais procurar nos sorrisos falsos e no sexo insosso.
Então baby, pára logo de me ignorar. E me faz saber.

Ótica mental cheia de hortelã!

Café forte e sem açúcar!