Ah se solto esse sonhador. Se deixo esse meu espírito aventureiro, desgovernado. Ah se não controlo esses planos e devaneios, se me deixo levar pelas minhas crenças, pelos meus complicados e sublimes sonhos.
Ah se eu não acreditasse tanto neles, se perdesse a fé e desistisse deles e deixasse eles ganharem vida, tomarem forma, aprenderem a falar e seguirem o mundo por si próprios, ah como seria. Seriam tão maiores e tão mais esplêndidos.
Mas controlo-os. Seguro esse crente que existe em mim. Esse sonhador que se ilude com o mundo que o cerca, que se engana com seus iguais e se enche de emoçao quando vê uma centelha daquilo que acha que é verdade acontecer.
Esse cara que gosta de palavras amigas e adora olhar o céu e que vê nas estrelas dimensões que nunca vão existir. Esse que enquanto dorme está acordado e se admira de fascinação enquanto mantém os olhos abertos.
Parafraseando a parte, mas seguro esse pássaro azul. Dele tiro forças pra continuar seguindo e ele tira de mim as cores pra pintar seu proprio mundo. Simbiose tamanha que não existimos sozinhos. Que bom que ainda sorrio.
Tem alguém ai?
Há 12 anos
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