Tenho a mente cheia de merdas
Envenenada pelas doenças de minha geração
Geração que supera o moderno
Sem se modernizar
(Que se considera contemporânea
Vivendo das glórias do passado.)
Tenho a memória cheia de lapsos,
Criados pelas drogas de todos os tempos
Drogas radioativas, raivosas
Nervosas em seu novo passado.
Tenho a cabeça perdida em pensamentos
Que agem como balas
Perfuram ideias, explodem conceitos
Abusam das lentas novidades.
Tenho a alma fraturada pela vida
Rasgada, queimada, desonrada.
Nas inspirações e nas expirações
Em cada movimento torácico.
Maldito corpo flagelado
Morto e vivo
Desencontrado em seu caminho
Andante de um mundo que não escolheu pra si.
(triste sorriso que se desembaraça
num dia tão nublado)
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