Estou cansado. De novo. Cansado de ser alguém que não existe. Cansado de usar a pele de legal, de chato. De ser algo que parece bom. Cheio de buscar palavras refinadas pra explicar as coisas mais podres.
Destilando perversões em vidros de perfumes. Fobias em pétalas de rosas. Não sou eu e você ainda teima em acreditar. Porque esse eu não existe. Mas ele se cansa.
Sou um poço fundo, que alguém fechou e cobriu com qualquer coisa pura. Sou um cemitério de ideias e pensamentos enterrados onde alguém construiu um enorme condomínio. Sou o açúcar envenenado que alguém serviu em um momento de ignorância. E pior, alguém aceitou em um momento de ignorância maior.
No frio é só uma casca quente. Posso ceder calor. Posso fazer muito. Mas no fundo, bem no fundo, é só vazio. E frio. E qualquer casca pode quebrar. E quando quebra, ah, quando quebra não dá pra consertar. Você não pode juntar todos os caquinhos. Se juntar, não pode colocá-los no lugar. E se colocá-los no lugar, você nunca vai esconder as marcas.
Isso é triste? Talvez. Depende o ponto de vista. Talvez seja uma visão apocalítica. Ou só caótica. Mas será que não é verdade? Você gosta do escuro? Tem medo?
É, acho que eu também.
//momento alucinado//
Postado por
Guii
on segunda-feira, 10 de maio de 2010
Estou cansado. De novo. Cansado de ser alguém que não existe. Cansado de usar a pele de legal, de chato. De ser algo que parece bom. Cheio de buscar palavras refinadas pra explicar as coisas mais podres.
Destilando perversões em vidros de perfumes. Fobias em pétalas de rosas. Não sou eu e você ainda teima em acreditar. Porque esse eu não existe. Mas ele se cansa.
Sou um poço fundo, que alguém fechou e cobriu com qualquer coisa pura. Sou um cemitério de ideias e pensamentos enterrados onde alguém construiu um enorme condomínio. Sou o açúcar envenenado que alguém serviu em um momento de ignorância. E pior, alguém aceitou em um momento de ignorância maior.
No frio é só uma casca quente. Posso ceder calor. Posso fazer muito. Mas no fundo, bem no fundo, é só vazio. E frio. E qualquer casca pode quebrar. E quando quebra, ah, quando quebra não dá pra consertar. Você não pode juntar todos os caquinhos. Se juntar, não pode colocá-los no lugar. E se colocá-los no lugar, você nunca vai esconder as marcas.
Isso é triste? Talvez. Depende o ponto de vista. Talvez seja uma visão apocalítica. Ou só caótica. Mas será que não é verdade? Você gosta do escuro? Tem medo?
É, acho que eu também.
//momento alucinado//
Destilando perversões em vidros de perfumes. Fobias em pétalas de rosas. Não sou eu e você ainda teima em acreditar. Porque esse eu não existe. Mas ele se cansa.
Sou um poço fundo, que alguém fechou e cobriu com qualquer coisa pura. Sou um cemitério de ideias e pensamentos enterrados onde alguém construiu um enorme condomínio. Sou o açúcar envenenado que alguém serviu em um momento de ignorância. E pior, alguém aceitou em um momento de ignorância maior.
No frio é só uma casca quente. Posso ceder calor. Posso fazer muito. Mas no fundo, bem no fundo, é só vazio. E frio. E qualquer casca pode quebrar. E quando quebra, ah, quando quebra não dá pra consertar. Você não pode juntar todos os caquinhos. Se juntar, não pode colocá-los no lugar. E se colocá-los no lugar, você nunca vai esconder as marcas.
Isso é triste? Talvez. Depende o ponto de vista. Talvez seja uma visão apocalítica. Ou só caótica. Mas será que não é verdade? Você gosta do escuro? Tem medo?
É, acho que eu também.
//momento alucinado//
1 comentários:
- Rosana disse...
-
"Depende do ponto de vista"
Eu gosto de escuro... mas as vezes tenho medo =/
adorei o texto!
kisses, hugs... love iul! -
11 de maio de 2010 às 16:32
1 comentários:
"Depende do ponto de vista"
Eu gosto de escuro... mas as vezes tenho medo =/
adorei o texto!
kisses, hugs... love iul!
Postar um comentário