Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!

Levou. Levou consigo tudo que pode num só gesto. Em poucas palavras. E não podia nem saber se realmente se importou. Mas levou. De uma só vez arrancou as ervas e costurou os cortes. Cessou o sangramento. Assim, desse jeito, como quem esbarra o estranho na rua, passou e saiu.

Não gritou. Talvez não tivesse mais força para. Nem chorou, não queria, não sentia. Carregou o peso que levantou e saiu. Com a cabeça erguida e um cigarro na mão direita ele andou e atravessou todas as portas. As que estavam fechadas ele não precisou estourar, mas faria o necessário, faria o que fosse preciso.

Caminhou firme pelos corredores retirou dali tudo que era seu. Pesado, ele andou leve em seus passos duros, marcados e compassados, sem olhar pra trás, sem deixar que o arrependimento sombreasse seu olhar e balançasse suas pernas. Mirou a sua frente e quando bateu a última porta atrás de si sorriu sincero para a calçada.

Não olharia mais com medo para o espelho. Não teria mais nenhum inimigo do outro lado, não se machucaria mais com a visão do que havia se tornado. Por último, deixou todos seus fardos no lixo de qualquer vizinho. Libertou-se.

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Sangria

Levou. Levou consigo tudo que pode num só gesto. Em poucas palavras. E não podia nem saber se realmente se importou. Mas levou. De uma só vez arrancou as ervas e costurou os cortes. Cessou o sangramento. Assim, desse jeito, como quem esbarra o estranho na rua, passou e saiu.

Não gritou. Talvez não tivesse mais força para. Nem chorou, não queria, não sentia. Carregou o peso que levantou e saiu. Com a cabeça erguida e um cigarro na mão direita ele andou e atravessou todas as portas. As que estavam fechadas ele não precisou estourar, mas faria o necessário, faria o que fosse preciso.

Caminhou firme pelos corredores retirou dali tudo que era seu. Pesado, ele andou leve em seus passos duros, marcados e compassados, sem olhar pra trás, sem deixar que o arrependimento sombreasse seu olhar e balançasse suas pernas. Mirou a sua frente e quando bateu a última porta atrás de si sorriu sincero para a calçada.

Não olharia mais com medo para o espelho. Não teria mais nenhum inimigo do outro lado, não se machucaria mais com a visão do que havia se tornado. Por último, deixou todos seus fardos no lixo de qualquer vizinho. Libertou-se.

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Ótica mental cheia de hortelã!

Café forte e sem açúcar!