Hoje acordei tomado por uma tristeza insana. Petrificava meu coração. Estava presa em meus pulmões, sufocando. Nas minhas juntas. Era uma sombra pesada no meu quarto. Um caixão negro deitado ao meu lado, em minha cama. Hoje fui invadido por uma tristeza alucinada. Doía em cada parte do meu cérebro, ardia em meus olhos. Era tanta tristeza, que achei possível morrer dela.
No hálito da boca seca me levantei. Corri para o banho, tentando lavar o betume que assolava meu espírito que destruia minha alma. Deixei que a água corresse pelos meus pés, que lavasse minhas mãos, que tirasse de mim a sujeira que aquela tristeza doentia ousava deixar. Fiquei tempo suficiente para enrugar a pele de meus dedos e nem assim consegui me livrar de tamanha agonia.
Estava nos meus ossos, nos meus músculos, em cada célula, tecido, orgao e sistema.
Inexplicável sensação de impotência somou-se a anterior e descobri que já não tinha condições de me concentrar, que não conseguiria ser eu mesmo. Não sabia de onde surgia. Nas manchas vermelhas que deixei pelos cantos na confusão do ato demoníaco, nada de história havia para eu ler. Era apenas manchas de algo que lavei no chuveiro, mesmo que não bem o bastante pra tirá-lo de mim.
Acordei tomado por ela por motivos que não poderia descrever, que não teria forças ou coragem suficiente para contar. Se me chamasse de monstro, hoje o sentido estaria claro. O monstro que fui é aquele que me consome hoje. Acordei em meu próprio inferno. Ou pago pelos pecados numa prévia de purgatório. Tristeza dilacerante, carnívora, putrificando minha carne, estampada em minha pele. "Não foi de propósito baby, nunca é!".
O machado. O toque. O doce barulho. A loucura doida e insana de um instante de desespero, um instante de frustração. A morte e a satisfação instantânea, o sono, o onírico. Garanto baby, doeu (e ainda dói) muito mais em mim.
Postado por
Guii
De quem se arrepende
Postado por
Guii
on quinta-feira, 21 de julho de 2011
Hoje acordei tomado por uma tristeza insana. Petrificava meu coração. Estava presa em meus pulmões, sufocando. Nas minhas juntas. Era uma sombra pesada no meu quarto. Um caixão negro deitado ao meu lado, em minha cama. Hoje fui invadido por uma tristeza alucinada. Doía em cada parte do meu cérebro, ardia em meus olhos. Era tanta tristeza, que achei possível morrer dela.
No hálito da boca seca me levantei. Corri para o banho, tentando lavar o betume que assolava meu espírito que destruia minha alma. Deixei que a água corresse pelos meus pés, que lavasse minhas mãos, que tirasse de mim a sujeira que aquela tristeza doentia ousava deixar. Fiquei tempo suficiente para enrugar a pele de meus dedos e nem assim consegui me livrar de tamanha agonia.
Estava nos meus ossos, nos meus músculos, em cada célula, tecido, orgao e sistema.
Inexplicável sensação de impotência somou-se a anterior e descobri que já não tinha condições de me concentrar, que não conseguiria ser eu mesmo. Não sabia de onde surgia. Nas manchas vermelhas que deixei pelos cantos na confusão do ato demoníaco, nada de história havia para eu ler. Era apenas manchas de algo que lavei no chuveiro, mesmo que não bem o bastante pra tirá-lo de mim.
Acordei tomado por ela por motivos que não poderia descrever, que não teria forças ou coragem suficiente para contar. Se me chamasse de monstro, hoje o sentido estaria claro. O monstro que fui é aquele que me consome hoje. Acordei em meu próprio inferno. Ou pago pelos pecados numa prévia de purgatório. Tristeza dilacerante, carnívora, putrificando minha carne, estampada em minha pele. "Não foi de propósito baby, nunca é!".
O machado. O toque. O doce barulho. A loucura doida e insana de um instante de desespero, um instante de frustração. A morte e a satisfação instantânea, o sono, o onírico. Garanto baby, doeu (e ainda dói) muito mais em mim.
No hálito da boca seca me levantei. Corri para o banho, tentando lavar o betume que assolava meu espírito que destruia minha alma. Deixei que a água corresse pelos meus pés, que lavasse minhas mãos, que tirasse de mim a sujeira que aquela tristeza doentia ousava deixar. Fiquei tempo suficiente para enrugar a pele de meus dedos e nem assim consegui me livrar de tamanha agonia.
Estava nos meus ossos, nos meus músculos, em cada célula, tecido, orgao e sistema.
Inexplicável sensação de impotência somou-se a anterior e descobri que já não tinha condições de me concentrar, que não conseguiria ser eu mesmo. Não sabia de onde surgia. Nas manchas vermelhas que deixei pelos cantos na confusão do ato demoníaco, nada de história havia para eu ler. Era apenas manchas de algo que lavei no chuveiro, mesmo que não bem o bastante pra tirá-lo de mim.
Acordei tomado por ela por motivos que não poderia descrever, que não teria forças ou coragem suficiente para contar. Se me chamasse de monstro, hoje o sentido estaria claro. O monstro que fui é aquele que me consome hoje. Acordei em meu próprio inferno. Ou pago pelos pecados numa prévia de purgatório. Tristeza dilacerante, carnívora, putrificando minha carne, estampada em minha pele. "Não foi de propósito baby, nunca é!".
O machado. O toque. O doce barulho. A loucura doida e insana de um instante de desespero, um instante de frustração. A morte e a satisfação instantânea, o sono, o onírico. Garanto baby, doeu (e ainda dói) muito mais em mim.
0 comentários:
Postar um comentário