Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!

Olha amor. Mira esses meus olhos. Enxerga nessas rugas meu cansaço. Olha bem amor, por favor, olha agora. Enxerga em mim de novo seu novo amante, enxerga nesse velho corpo seu antigo amor. Esquece as marcas do tempo e do desprezo, esquece as cicatrizes dessa vida arrastada e me ama de novo. Olha pra mim amor.


Junta coragem e levanta esse rosto, abre esse seu olho e me vê mais uma vez. Parado, na sua frente, implorando. Para de só me ouvir falar. Amor, preciso disso. Me olha. Olha nos meus olhos e me aceita mais uma vez... não mata-me devagar assim, não me ignora como ignora os cachorros famintos que te seguem cheirosa. Não suporto.

Não te peço perdão pois não errei. Não derramo lágrimas pois não tenho tristeza enterrada no peito. Não tenho medo porque já não tenho mais nada a perder. Então me olha amor, me olha e sai dessa pose desposada e travada e desinteressada. Olha e tenta me aquecer.

Sou um velho. E você é uma velha. E nossas vidas são velhas. E nosso amor... doente, decadente. Meu amor. Mas ainda somos nós. Amor. Pode ficar com seus sentimentos acabados na vala suja, pode ficar com suas ideias que me deitaram na lama. Mas agora, só agora, agora que sopro a angústia de uma vida bem vivida, olha pra mim, olha pra mim. E se despede...

Já não sei se acordarei.

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Pra poder ir em paz

Olha amor. Mira esses meus olhos. Enxerga nessas rugas meu cansaço. Olha bem amor, por favor, olha agora. Enxerga em mim de novo seu novo amante, enxerga nesse velho corpo seu antigo amor. Esquece as marcas do tempo e do desprezo, esquece as cicatrizes dessa vida arrastada e me ama de novo. Olha pra mim amor.

Junta coragem e levanta esse rosto, abre esse seu olho e me vê mais uma vez. Parado, na sua frente, implorando. Para de só me ouvir falar. Amor, preciso disso. Me olha. Olha nos meus olhos e me aceita mais uma vez... não mata-me devagar assim, não me ignora como ignora os cachorros famintos que te seguem cheirosa. Não suporto.

Não te peço perdão pois não errei. Não derramo lágrimas pois não tenho tristeza enterrada no peito. Não tenho medo porque já não tenho mais nada a perder. Então me olha amor, me olha e sai dessa pose desposada e travada e desinteressada. Olha e tenta me aquecer.

Sou um velho. E você é uma velha. E nossas vidas são velhas. E nosso amor... doente, decadente. Meu amor. Mas ainda somos nós. Amor. Pode ficar com seus sentimentos acabados na vala suja, pode ficar com suas ideias que me deitaram na lama. Mas agora, só agora, agora que sopro a angústia de uma vida bem vivida, olha pra mim, olha pra mim. E se despede...

Já não sei se acordarei.

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Ótica mental cheia de hortelã!

Café forte e sem açúcar!