Mentaótico

Ótica mental cheia de hortelã!

Acho que sempre erro nas minhas expressões. Não consigo me expressar como queria, faço parecer errado, faço parecer grosso. Se tenho alguma culpa, é nisso. Mas eu tentei me explicar, eu tentei mostrar o meu lado, tentei deixar as coisas pelo menos um pouco mais claras. Só que vocês teimam em não ouvir, vocês já me enquadraram num gabarito que não me encaixo, num padrão que não é real. Eu não sou desse jeito que vocês enxergam, não sou melhor do que isso e muito menos sou pior do que isso. Mas não sou isso.


É muito fácil tirar as próprias conclusões e enterrá-las fundo. Fechar os ouvidos e não querer escutar. O difícil é entender que "porque sim" não funciona mais. Porque sim não responde nada. Difícil é aceitar que existem perguntas agora. É difícil não olhar só pro próprio rabo e ver só seus próprios problemas. Eu não sei mais o que fazer... a sensação de esgotamento não passa, não sara. Queria poder pelo menos me sentir culpado, me sentir responsável por isso, queria entender os motivos, queria ter explicações.

Mas nem conversar a gente consegue... cada tentativa é uma tortura, cada palavra é um buraco novo, é mais um poço aberto, mais um iceberg a ser vencido, mais um penhasco a cair. E já não consigo mais enfrentar essas coisas. Só sinto vontade de me afastar. Antes sentir saudades do que sentir de novo esse amargo do ódio. Vou quebrar meus dentes se prender meu maxilar de novo, vou rasgar minha mão se segurar minha raiva mais uma vez. E não quero isso...

Eu conseguia lembrar de alguma coisa nossa e hoje me esvaziei de um jeito tão medonho. Apaguei as luzes e deixei um negro tão angustiante, tão monstruoso.

Queria desistir de vocês. Juntar minhas roupas, ir embora. De novo, pra sempre. Só ter de vocês os números no banco e isso enquanto não conseguisse desprecisar também. Manter as relações formais, essas que a gente se dá bem por duas horas e então volta cada um pro seu lugar... aí fingiriamos que é tudo como deveria ser, inventariamos uma familia pra cada jantar, pra cada churrasco e seria tudo como queriamos que fosse.

Mas não consigo. Então deixa me deixa com meu copo e com minhas ilusões. Lá no fundo dele eu me sinto melhor...

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Acho que sempre erro nas minhas expressões. Não consigo me expressar como queria, faço parecer errado, faço parecer grosso. Se tenho alguma culpa, é nisso. Mas eu tentei me explicar, eu tentei mostrar o meu lado, tentei deixar as coisas pelo menos um pouco mais claras. Só que vocês teimam em não ouvir, vocês já me enquadraram num gabarito que não me encaixo, num padrão que não é real. Eu não sou desse jeito que vocês enxergam, não sou melhor do que isso e muito menos sou pior do que isso. Mas não sou isso.

É muito fácil tirar as próprias conclusões e enterrá-las fundo. Fechar os ouvidos e não querer escutar. O difícil é entender que "porque sim" não funciona mais. Porque sim não responde nada. Difícil é aceitar que existem perguntas agora. É difícil não olhar só pro próprio rabo e ver só seus próprios problemas. Eu não sei mais o que fazer... a sensação de esgotamento não passa, não sara. Queria poder pelo menos me sentir culpado, me sentir responsável por isso, queria entender os motivos, queria ter explicações.

Mas nem conversar a gente consegue... cada tentativa é uma tortura, cada palavra é um buraco novo, é mais um poço aberto, mais um iceberg a ser vencido, mais um penhasco a cair. E já não consigo mais enfrentar essas coisas. Só sinto vontade de me afastar. Antes sentir saudades do que sentir de novo esse amargo do ódio. Vou quebrar meus dentes se prender meu maxilar de novo, vou rasgar minha mão se segurar minha raiva mais uma vez. E não quero isso...

Eu conseguia lembrar de alguma coisa nossa e hoje me esvaziei de um jeito tão medonho. Apaguei as luzes e deixei um negro tão angustiante, tão monstruoso.

Queria desistir de vocês. Juntar minhas roupas, ir embora. De novo, pra sempre. Só ter de vocês os números no banco e isso enquanto não conseguisse desprecisar também. Manter as relações formais, essas que a gente se dá bem por duas horas e então volta cada um pro seu lugar... aí fingiriamos que é tudo como deveria ser, inventariamos uma familia pra cada jantar, pra cada churrasco e seria tudo como queriamos que fosse.

Mas não consigo. Então deixa me deixa com meu copo e com minhas ilusões. Lá no fundo dele eu me sinto melhor...

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Ótica mental cheia de hortelã!

Café forte e sem açúcar!