Só nasci pra fazer as coisas sozinho, pra ser assim eu mesmo. Porque não posso me importar sem retirar espinhos e cravá-los em mim. Se me preocupo, me perco. Não posso seguir em frente pensando em lágrimas que caem por mim, então é melhor que elas não cheguem a cair.
É isso. Meu problema de apego, que é sempre substituido pelo do desapego. Porque se me apego, logo vejo que já é hora de partir, que não sou mais suficiente e que outra relação mal começada vai acabar seguindo pra um outro final. Um final pior.
Nunca é fácil, assim como não é fácil chamar brasa de gelo. Ainda que pareça não me divirto com isso e nunca sei como fazer. Então deixo que siga o próprio rumo trágico e só retiro as arestas pontiagudos. Corto aquilo que deixaria marcas fundas demais pra disfarçar.
E supero. De um jeito ou de outro, deixo que vá de mim e me recomponho, me faço novo. Deixo essa tristeza descansar no meu peito e sigo rindo das velhas piadas. Assim mesmo, fingido, esquecido, morno e esfriado. A pele de alguém que se cansou.
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